domingo, novembro 09, 2014

Eu chamo-lhe o baloiço da morte!


Há uma espécie de baloiço situado na borda de um precipício no Equador. Não tem qualquer medida de segurança e chamam-lhe «Swing at the End of the World». É um nome de facto apropriado...






E não. Não era eu que ia para ali!

terça-feira, setembro 03, 2013

TV Shows - [The] Big C



«Lucky me!» e «Don't delay the happy» - são, talvez, as frases mais marcantes desta série norte-americana (se a conseguirem ver até ao último episódio!). Com apenas quatro temporadas, esta comédia de humor negro consegue retratar a vida de Cathy Jamison, um professora do secundário, que foi diagnosticada com cancro, mais especificamente melanoma maligno. Assim, Cathy, rodeada pela sua família peculiar e completamente fora do normal, tenta aproveitar o tempo que lhe resta de uma forma descontraída e humorística, tornando-se mais impulsiva e «fora de controlo».

Comecei a ver esta série apenas porque precisava de algo para me entreter ao fim do dia e, sendo que os episódios têm somente 20 minutos, nada melhor para passar o tempo. Mal eu sabia que a ia devorar de uma só rajada! Chorei imenso, ri imenso e passei uns bons momentos em frente ao computador. A sério, desafio-vos a assistirem e depois venham contar-me o que acharam! São apenas 4 temporadas que valem a pena, garanto-vos.

Deixo-vos, assim, com alguns dos meus momentos predilectos da série para vos abrir o apetite!






segunda-feira, setembro 02, 2013

Os meus pais: um caso de perseverança e de «afinal, o amor existe e vale a pena»

«The happiest couples never have the same character. They have the best understanding of their differences.»


O amor existe, acreditem.
Lembro-me, nitidamente, de ser pequena o suficiente para não conseguir chegar ao interruptor da luz e de ouvir os meus pais a discutir. Recordo-me, também, de certos episódios em que acordava de noite, descia as escadas com o intuito de apagar a sede, e os ouvia a discutir na cozinha. Perdia logo a vontade de beber água e voltava a correr para o meu quarto, às escuras, e ficava a rezar para que nada de mal lhes acontecesse, para que tudo ficasse bem no final. 

E é deles que vos vou falar hoje. Não por me sentir na obrigação, mas sim por ter chegado à conclusão do orgulho que eles são para mim. Do perfeito arquétipo de amor que tenho aqui em casa. Não são - nem por sombras! - o único casal que me põe a sorrir quando olho para eles, no entanto são o exemplo mais próximo que tenho e pelo qual me posso guiar - 24 por 24 horas. E, tendo eu a idade que tenho, creio que posso considerar um grande feito chegar a esta altura da vida deles e poder orgulhar-me daquilo que se tornaram. Conversar com um grupo de amigos que se queixam das divergências dos pais e tirar a ilação da felicidade conjunta que os meus conseguiram construir ao longo destes 23 anos de casamento.

Homenagem. É essa a palavra que me faltava! É mesmo isso: uma homenagem aos meus progenitores que parece que se amam mais cada dia que passa. Porque, hoje em dia, o que eu tenho em casa é muito difícil de encontrar. Estou rodeada de histórias próximas de famílias distorcidas e histórias de casais sem qualquer pinga de amor para dar, e dói-me. Dói-me profundamente. Dói-me, porque são pais de amigos meus, quase irmãos para mim e odeio aperceber-me que alguns já perderam a fé no verdadeiro amor.
Porque, caramba!, ele existe. A sério que sim.

Os meus pais nunca foram o casal perfeito. Aquele casal que passa na rua de braço dado, com um sorriso de orelha a orelha, e que nunca saem de casa separados. Não. Nada disso. 
Sempre tiveram vidas e famílias diferentes e ambas problemáticas. Ambos sofreram imenso e se não fosse a persistência, paciência e esperança da minha mãe ou o meu pai já não estava vivo ou eles já estavam divorciados. A realidade é mesmo essa, e eu tenho consciência plena disso desde que tenho 11 anos de idade.

Infelizmente, o  número de pessoas que queria acabar com este casamento é inacreditavelmente grande. - sendo a maior parte familiares - no entanto, depois de ter sofrido que nem uma escrava, a minha mãe conseguiu que o meu pai abrisse os olhos. Conseguiu pô-lo a ver para lá do que estava à vista (mesmo tendo ele noção do que se passava, mas fingindo não acreditar) e agora - e apesar das diferenças de ambos - são a dupla mais poderosa que eu conheço. 

Quando o meu pai, medicado e esgotado, precisa de clarear as ideias e passear, é a minha mãe a primeira a pegar no carro e a sair com ele. Quando ela precisa de ajuda, é ele o primeiro a perguntar do que é que ela necessita. Quando saímos à noite, nunca os vês separados. É escusado. Ele dança com ela. Ela dança com ele. Formam um só dignos de se ver. E eu sorrio. Perante este cenário eu sorrio e arrepio-me. Arrepio-me até à ponta dos cabelos, porque sim, sei que é orgulho. 

Ele é uma pessoa complicada e ela também não fica atrás. Ele tem as suas imperfeições, porém ela tenta completá-las. Paciência. É tudo uma questão de paciência e de saber lidar com as pessoas. Nada mais. E depois de termos encontrado e aperfeiçoado isto, é ver a cumplicidade que transborda dos olhos de ambos quando o olhar deles se cruza. É ver o sorriso da minha mãe quando sabe exactamente no que é que o meu pai está a pensar. E se em anos transactos a palavra divórcio já veio muitas vezes ao de cima, agora tenho cada vez mais a certeza de que eles vão ver a reforma juntos, braço dado com braço dado, com o brilho nos olhos sempre que olham um para o outro. Vão envelhecer juntos e eu quero estar cá para ver. Não o perderia por nada.


E é assim que termino a minha homenagem, sentindo que ainda há tanto para dizer sobre eles, mas não há palavras suficientes. Espero um dia encontrar o que eles têm e poder aperfeiçoar o amor virgem, tal como eles fizeram. Porque a felicidade não cai do céu; é, pois, trabalhada e apurada. 
Espero, um dia, ter - como eles - o privilégio de poder envelhecer juntamente com a minha alma gémea. 
O amor existe, acreditem. 



sexta-feira, julho 19, 2013

Crónicas de um ginásio


Oito da manhã no ginásio.
Olho para a esquerda, tudo bem.
Olho para a direita e deparo-me com uma mulher a correr como eu nunca vi ninguém a correr ali. A correr de uma forma tresloucada - é a única forma que encontro para a descrever (quase) na perfeição. E ainda não consigo perceber como é que ela não trocou os pés todos. Inacreditável!
E eu assim:


Isto, porque às 8h da manhã a única coisa que faço no ginásio é pilates ou yoga. Isto, porque nem com café fico suficientemente acordada (a essa hora). E isto, porque na noite anterior devia ter seguido o velho e célebre conselho: «deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer».
Vá lá, eu corro às 8h da manhã (talvez às 9h...), mas corro como uma pessoa dita normal corre. Tiro o chapéu à mulher que correu como se o mundo fosse acabar atrás dela, às 8h da manhã, num ginásio. Uau.